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Piauí adota inteligência artificial para monitoramento e prevenção de incêndios florestais

Postado em: 01/09/2024 | Por: Emerson Alves

O Governo do Piauí desenvolveu um protótipo de inteligência artificial para monitorar e prevenir incêndios, utilizando dados históricos e climáticos para agir de forma proativa no combate ao fogo.

O estado do Piauí está inovando no combate aos incêndios florestais ao implementar um sistema baseado em inteligência artificial (IA) para monitorar e prevenir focos de incêndio. Desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), esse protótipo promete revolucionar a forma como os incêndios são combatidos, permitindo ações mais rápidas e eficazes.

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Como funciona a tecnologia de inteligência artificial no combate aos incêndios

O protótipo de IA desenvolvido pela Semarh faz uso de um vasto banco de dados, incluindo informações do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A tecnologia analisa esses dados históricos, que abrangem um período de 20 anos, e considera as mudanças climáticas e outros fatores para identificar potenciais focos de incêndio.

Segundo Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento da Semarh, a tecnologia inicialmente será utilizada internamente, mas há planos para disponibilizá-la ao público após a calibração dos dados e aprimoramento das análises. A IA permitirá a detecção precoce de ameaças de incêndio, além de identificar com precisão a localização dos focos e alertar as brigadas municipais e o Corpo de Bombeiros em tempo real, acelerando a resposta e minimizando os danos.

Integração com dados de satélite e a importância do monitoramento contínuo

Atualmente, a Semarh já utiliza dados do Programa Brasil Mais, da Polícia Federal, que fornece acesso a imagens de satélite em tempo real. Essa integração permite que o novo sistema de IA seja ainda mais eficiente, identificando rapidamente o início dos incêndios e ajudando na fiscalização e investigação das causas.

Com a nova tecnologia, a Sala de Monitoramento da Semarh será capaz de emitir boletins diários sobre os focos de calor e incêndio no estado, fornecendo informações cruciais para as autoridades. Essa iniciativa se soma aos esforços já em andamento, como o treinamento e a formação de brigadas florestais municipais, que aumentaram de 18 em 2022 para 66 brigadas atualmente, conforme destacou o Major Marinho, Diretor de Fiscalização Ambiental da Semarh.

Perspectivas para o futuro e desafios a serem enfrentados

O uso de inteligência artificial no combate aos incêndios é uma abordagem promissora, mas não está isenta de desafios. A eficácia do sistema depende da precisão dos dados históricos e climáticos utilizados, bem como da capacidade das equipes de responder rapidamente aos alertas emitidos. Além disso, é essencial que as brigadas de incêndio continuem sendo treinadas e equipadas adequadamente para lidar com situações de emergência.

No futuro, espera-se que a tecnologia seja expandida para outras regiões e que mais estados adotem abordagens similares no combate aos incêndios florestais. Com o tempo, essa inovação pode se tornar um padrão no Brasil, ajudando a preservar os recursos naturais e proteger as comunidades das ameaças causadas pelo fogo.