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Capacidade da inteligência artificial é superestimada, dizem líderes no IT Forum Praia do Forte

Postado em: 25/08/2024 | Por: Emerson Alves

No IT Forum Praia do Forte, líderes de grandes empresas discutem as nuances e desafios da inteligência artificial (IA), destacando que sua capacidade atual pode estar sendo superestimada.

Durante o IT Forum Praia do Forte, Marcelo Braga, presidente da IBM Brasil, e Marcio Aguiar, diretor da divisão enterprise da NVIDIA para a América Latina, trouxeram reflexões importantes sobre o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial (IA). Ambos concordam que, apesar de ser uma tecnologia revolucionária, a capacidade da IA ainda é muitas vezes superestimada.

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A visão crítica sobre a evolução da IA

Marcio Aguiar, ao analisar a trajetória da IA, destacou que essa tecnologia, que tem apenas 12 anos em sua forma atual, ainda está em desenvolvimento. “Superestimamos a capacidade dela, mas é uma tecnologia que vem se desenvolvendo. É importante termos um olhar crítico e não generalizarmos tanto a conversa sobre IA”, ressaltou Aguiar.

Marcelo Braga complementou, afirmando que a IA é uma tecnologia que pode assumir diferentes formas e funcionalidades, dependendo do contexto em que é aplicada. “É fundamental ter maturidade para entender sobre qual tecnologia está sendo discutida e como ela pode ser útil para o negócio”, disse o presidente da IBM Brasil.

A importância do letramento e da sustentabilidade

Braga também enfatizou a importância do letramento em IA para os executivos de alto escalão (C-Levels). Segundo ele, esse conhecimento é essencial para preparar esses profissionais na hora de negociar, tomar decisões de investimento e realizar outras ações estratégicas que exigem uma compreensão sólida da tecnologia.

Outro tema de destaque na discussão foi a sustentabilidade. Aguiar revelou que a NVIDIA tem se aproximado de empresas que operam data centers para garantir o máximo de eficiência com o menor impacto ambiental possível. “Do ponto de vista de sustentabilidade, sempre foi uma premissa da NVIDIA equilibrar capacidade de processamento com impacto ambiental”, explicou Aguiar, destacando que essa abordagem é uma das razões pela qual a empresa tem conquistado a confiança de seus clientes.

Desafios de governança e integração da IA

Na conversa, Braga abordou os desafios que as empresas enfrentam ao integrar a governança de IA com a governança de dados. Ele apontou que esse é um dos temas mais complexos e ainda não totalmente resolvidos nas corporações. “A discussão é sobre como mudar a estrutura organizacional, porque se não colocar tudo junto e misturado com o cliente no meio, os resultados não vão chegar”, afirmou.

O papel da IA nos dispositivos e o retorno sobre investimento

Daniel Ribas, diretor de Vendas da HP Brasil, também participou do evento, abordando a relação da empresa com a IA. Ele destacou que a HP busca integrar a IA de forma que ela seja acessível e útil para o usuário final, mas reconheceu que ainda há muitas incertezas no ambiente corporativo sobre como implementar essa tecnologia e quais serão os níveis de segurança e retorno sobre o investimento (ROI).

Ribas explicou que a IA, quando integrada a dispositivos como computadores, pode aumentar a performance dos usuários e otimizar suas tarefas. No entanto, ele ressaltou que as empresas precisam entender essa tecnologia como uma oportunidade de ganho, analisando cuidadosamente o retorno sobre o investimento.