Como utilizar a inteligência artificial de forma consciente para impulsionar negócios

Postado em: 26/08/2024 | Por: Emerson Alves

A Inteligência Artificial (IA) está se tornando uma ferramenta essencial no mundo dos negócios, mas seu uso consciente é crucial para garantir que traga benefícios reais.

A Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade presente em diversos setores da economia, transformando desde a forma como empresas operam até a maneira como interagem com seus clientes. No entanto, como alertou o professor e economista suíço Mark Esposito, doutor pela Universidade de Harvard e especialista em Quarta Revolução Industrial, o uso da IA deve ser realizado de forma consciente e estratégica para que se maximize seu potencial e se evitem armadilhas.

Os desafios e a importância do uso consciente da IA

Durante a Conferência Anpei 2024, promovida pelo Sebrae, Mark Esposito destacou que, apesar das vantagens proporcionadas pela IA, há uma grande desinformação sobre suas capacidades reais. Muitos acreditam que a IA pode resolver todos os problemas de forma autônoma, mas a verdade é que essa tecnologia ainda depende fortemente de inputs humanos e é mais eficaz quando utilizada como uma extensão do pensamento humano.

Esposito explicou que a IA é eficaz em atividades que não requerem pensamento crítico ou contextualização, como automatização de processos repetitivos e análise de grandes volumes de dados. Contudo, é fundamental que as empresas saibam exatamente como e onde aplicar essa tecnologia para que ela se torne um ativo e não uma fonte de problemas.

Diferenças entre Inteligência Artificial, aprendizado de máquina e aprendizado profundo

Para entender melhor como a IA pode ser usada, Esposito diferenciou três conceitos fundamentais:

Inteligência Artificial: Abrange toda a área de pesquisa que envolve programas capazes de sentir, raciocinar, agir e se adaptar.
Aprendizado de máquina (machine learning): Refere-se a algoritmos que aprendem à medida que são expostos a novos dados ao longo do tempo.
Aprendizado profundo (deep learning): Um subconjunto do aprendizado de máquina, onde algoritmos em redes neurais multicamadas aprendem a partir de grandes volumes de dados.

Essas distinções são importantes para que os pequenos empreendedores possam entender melhor como cada uma dessas tecnologias pode ser aplicada em seus negócios, utilizando as ferramentas certas para as necessidades específicas de suas operações.

Benefícios da IA para pequenos empreendedores

Mark Esposito ressaltou que a IA não é apenas para grandes corporações. Pequenos empreendedores também podem se beneficiar significativamente dessa tecnologia, desde que estejam preparados para integrá-la de maneira estratégica. Algumas das formas como a IA pode agregar valor aos pequenos negócios incluem:

Automatização de tarefas repetitivas: Isso permite que os empreendedores foquem em atividades mais criativas e estratégicas, aumentando a eficiência operacional.
Acesso a ferramentas avançadas: Com a IA, pequenos negócios podem acessar soluções que antes estavam disponíveis apenas para grandes empresas, como análises de dados avançadas e personalização de atendimento ao cliente.
Competitividade no mercado: Ao integrar a IA, pequenos empreendedores podem competir de igual para igual com empresas maiores, oferecendo serviços personalizados e otimizando processos internos.

Impactos positivos da IA na economia

Os impactos da Inteligência Artificial na economia são amplos e variam de setor para setor. Na saúde, por exemplo, a IA está revolucionando os diagnósticos, permitindo que médicos identifiquem doenças com maior precisão e em estágios mais iniciais. No setor financeiro, a IA é usada para melhorar a detecção de fraudes, enquanto no varejo, as empresas estão utilizando essa tecnologia para personalizar ofertas e otimizar suas cadeias de suprimentos.

Além disso, a IA está transformando o atendimento ao cliente, com o uso de chatbots que proporcionam interações mais rápidas e personalizadas, melhorando a experiência do consumidor e reduzindo os custos operacionais.

O futuro da IA e a economia cognitiva

O professor Esposito também abordou o conceito de economia cognitiva, que, segundo ele, deve transformar a dinâmica de poder e renda no mercado global até 2030. Aqueles que souberem interagir eficazmente com as funções cibernéticas terão uma vantagem competitiva significativa. A IA será um dos principais motores dessa transformação, e as empresas que conseguirem dominar essa tecnologia estarão na vanguarda da próxima revolução industrial.

Em conclusão, o uso consciente e estratégico da Inteligência Artificial é crucial para que as empresas, especialmente as pequenas, possam tirar o máximo proveito dessa tecnologia. Entender suas capacidades, limitações e as melhores práticas para sua aplicação será fundamental para garantir o sucesso em um mercado cada vez mais competitivo e digitalizado.