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Grupo SEB inova com mundos virtuais e IA para acelerar o aprendizado de inglês

Postado em: 28/08/2024 | Por: Emerson Alves

O Grupo SEB, uma das principais empresas de educação do Brasil, está utilizando inteligência artificial e realidade virtual para criar experiências imersivas que ajudam alunos a aprender inglês de forma mais eficaz.

O Grupo SEB, reconhecido por sua atuação em 40 países e por ser uma referência em educação no Brasil, está apostando em novas tecnologias para transformar o ensino de idiomas. Através da divisão Conexia, comandada por Sandro Bonás, a empresa desenvolveu o High Five, uma solução que combina realidade virtual (RV) e inteligência artificial generativa para criar ambientes imersivos onde os estudantes podem praticar inglês em cenários variados, como check-ins em hotéis, visitas a restaurantes ou mergulhos em um oceano em 3D, tudo dentro da sala de aula.

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Como o High Five melhora o aprendizado de inglês

O High Five surgiu como uma evolução de ferramentas anteriores da Conexia, integrando personagens virtuais que, antes previsíveis e roteirizados, agora se adaptam ao contexto das interações com os alunos, graças ao uso de modelos de linguagem como o GPT-4, da OpenAI. “O metaverso enfrentou desafios de engajamento, mas ao incorporar modelos de linguagem ao estilo do ChatGPT, a ferramenta passou a oferecer respostas mais dinâmicas aos alunos”, explica Sandro Bonás.

Essa abordagem resultou em um aumento significativo na eficácia do aprendizado de inglês. Testes realizados ao longo de dois anos mostraram que o High Five aumentou a eficácia em 30% entre os estudantes do Grupo SEB. O investimento em pesquisa e desenvolvimento para criar essa tecnologia foi substancial, totalizando mais de R$ 150 milhões nos últimos cinco anos.

Desafios e acessibilidade da tecnologia

Apesar do sucesso, a adoção em larga escala do High Five enfrenta alguns desafios. A tecnologia necessária para a experiência imersiva, como os óculos de realidade virtual, ainda é cara e depende de importação, o que limita sua disponibilidade em muitas escolas. Bonás reconhece essa limitação e menciona que a ideia não é equipar todas as salas de aula com múltiplos dispositivos, mas possibilitar que as famílias adquiram esses gadgets para estudo em casa.

Além das questões de custo, existe também uma resistência dentro do setor educacional em relação ao uso de tecnologias como o High Five. Alguns educadores temem que a introdução de gadgets e softwares possa distrair os estudantes. Bonás argumenta que o problema não reside na tecnologia em si, mas na falta de planejamento pedagógico adequado. “O que falta é um uso bem planejado e focado”, afirma ele, ressaltando que o High Five foi projetado para complementar o ensino tradicional e adicionar uma camada extra de aprendizado.

Planos futuros e expansão do High Five

O Grupo SEB tem planos ambiciosos para o futuro do High Five. Além de continuar aprimorando o ensino de inglês, a empresa pretende expandir o uso da tecnologia para outras disciplinas, utilizando o mesmo modelo de integração entre realidade virtual e inteligência artificial. Bonás vislumbra um cenário onde a tecnologia se torna parte integral da educação, permitindo que as escolas foquem no desenvolvimento social e emocional dos alunos, enquanto a tecnologia cuida da parte mais mecânica do aprendizado.

Revolução no ensino com tecnologia imersiva e IA

O High Five é um exemplo claro de como a integração de tecnologias avançadas como a inteligência artificial e a realidade virtual pode revolucionar o ensino de idiomas. Ao criar ambientes imersivos e adaptativos, o Grupo SEB está não apenas aumentando a eficácia do aprendizado de inglês, mas também preparando o caminho para uma educação mais tecnológica e inovadora. Apesar dos desafios, a iniciativa representa um passo significativo rumo ao futuro da educação no Brasil.