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Guerra dos chips: China desenvolve novas estratégias para treinar inteligência artificial

Postado em: 25/08/2024 | Por: Emerson Alves

Empresas chinesas estão inovando em formas de treinar inteligência artificial (IA) para superar as restrições impostas pelas sanções dos Estados Unidos, que limitam o acesso a chips semicondutores de última geração.

Com as sanções dos Estados Unidos impedindo a China de adquirir chips semicondutores avançados, as empresas de tecnologia chinesas estão buscando alternativas mais eficientes e acessíveis para treinar seus modelos de inteligência artificial. Esses esforços visam contornar a limitação tecnológica e manter a competitividade no mercado global de IA.

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Desafios e inovações no cenário chinês de IA

Atualmente, a China dispõe de semicondutores com menor poder de computação em comparação com aqueles produzidos por líderes globais, como a Nvidia, que estão proibidos de serem exportados para Pequim. No entanto, startups chinesas, como as apoiadas pelo Grupo Alibaba e pela Xiaomi, estão desenvolvendo métodos inovadores de treinamento de IA, como o uso de treinamento de baixa precisão, que reduz a energia e o tempo necessários para treinar modelos de aprendizado de máquina.

Foco em soluções especializadas e capacitação

Em vez de concentrar seus esforços na criação dos maiores e mais poderosos modelos de linguagem, algumas empresas chinesas estão voltando sua atenção para o desenvolvimento de aplicativos especializados que atendem a nichos específicos de mercado. Essa abordagem, segundo analistas, pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa, especialmente em áreas como robótica e melhoria da eficiência no local de trabalho.

Um relatório recente da KPMG destacou que, no segundo trimestre, os investidores de IA na China focaram em capacitar IA para aplicações práticas em vez de se concentrar exclusivamente em grandes modelos de linguagem (LLMs). Esse movimento está alinhado com a tendência de desenvolver tecnologias que podem ser aplicadas diretamente em smartphones, laptops e outros dispositivos, facilitando a adoção pelo consumidor final.

Quem liderará a próxima revolução em IA na China?

Ainda é incerto qual dessas empresas chinesas será capaz de produzir resultados significativos e comercializar com sucesso suas inovações em IA. A ByteDance, controladora do TikTok, já lançou mais de 20 aplicativos baseados em seus modelos de IA internos, incluindo chatbots, tutores de inglês e criadores de vídeo.

Especialistas do setor acreditam que o próximo divisor de águas será o desenvolvimento de modelos menores e mais eficientes, capazes de alimentar recursos de IA em dispositivos móveis, como smartphones e laptops. Essa é uma das áreas em que a China está investindo pesadamente, buscando se posicionar como líder em uma nova era de tecnologias de IA.

Essas estratégias inovadoras podem mudar o equilíbrio de poder no setor de tecnologia global, colocando a China em uma posição forte, mesmo diante das restrições impostas pelas sanções. O futuro da inteligência artificial na China promete ser dinâmico e cheio de desafios, mas com potencial para avanços significativos.