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Mais da metade dos estudantes de 15 a 19 anos já usam IA na Suécia

Postado em: 31/08/2024 | Por: Emerson Alves

Uma pesquisa recente da Universidade de Lund, na Suécia, revelou que 52,6% dos adolescentes entre 15 e 19 anos já utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) em suas atividades escolares, destacando o ChatGPT como a principal escolha.

A pesquisa apontou um crescimento significativo no uso de ferramentas de IA entre os estudantes suecos. De acordo com o estudo, 14,8% dos alunos entre 12 e 16 anos e 52,6% dos adolescentes de 15 a 19 anos usam IA generativa para completar suas tarefas escolares. Entre as ferramentas mais utilizadas, o ChatGPT se destaca, sendo preferido por 70% dos estudantes mais jovens e 88,9% dos mais velhos.

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Impacto positivo para estudantes com dificuldades

O estudo também explorou a percepção dos alunos em relação a essas ferramentas, com um foco especial nos estudantes que enfrentam dificuldades de concentração e planejamento. Johan Klarin, psicólogo escolar e autor principal da pesquisa, destacou que “os estudantes com maiores desafios em funções executivas acham essas ferramentas úteis para completar as tarefas escolares”. A IA, especialmente o ChatGPT, tem sido vista como um recurso valioso para ajudar esses alunos a manterem-se organizados e produtivos em suas atividades acadêmicas.

O dilema do uso excessivo

No entanto, apesar das vantagens evidentes no uso de ferramentas como o ChatGPT, o estudo também alerta para os riscos associados à dependência excessiva da IA. Klarin adverte que “se os estudantes começarem a depender da IA para substituir suas habilidades, isso pode prejudicar o desenvolvimento de competências cognitivas essenciais durante a adolescência, fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional”. Esse é um ponto de atenção importante para educadores e pais que devem monitorar o uso dessas tecnologias para garantir que complementem, e não substituam, as habilidades dos estudantes.

Tendências para o Brasil e outros países

A tendência observada na Suécia pode em breve atingir países subdesenvolvidos, como o Brasil. Atualmente, o uso de IA em atividades escolares é mais comum em escolas particulares e universidades, mas é provável que essa tecnologia se torne mais disseminada na educação básica nos próximos anos. O desafio para o sistema educacional será adaptar as novas formas de estudo a essas ferramentas, garantindo que a IA seja utilizada de forma equilibrada e enriquecedora.

Conclusão

Embora o uso de IA, como o ChatGPT, ofereça um suporte significativo aos estudantes, é essencial que o uso dessas ferramentas seja monitorado para evitar efeitos negativos no desenvolvimento cognitivo. Educadores precisam estabelecer diretrizes claras para garantir que a IA complemente, e não substitua, as habilidades dos estudantes, promovendo um ambiente educacional equilibrado e que fomente o crescimento das competências necessárias para o futuro.