Meus Apps


Como Eduardo Saverin aumentou sua fortuna em R$ 70 bilhões em um ano com a ajuda da inteligência artificial

Postado em: 02/09/2024 | Por: Emerson Alves

Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, alcançou o título de brasileiro mais rico da história, com um patrimônio estimado em R$ 155,9 bilhões, impulsionado pelo crescimento das ações da Meta e o foco estratégico da empresa em inteligência artificial.

Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook ao lado de Mark Zuckerberg, viu sua fortuna crescer de forma impressionante no último ano. Segundo a lista de bilionários da revista Forbes, Saverin agora possui um patrimônio de R$ 155,9 bilhões, um aumento de 87% em comparação ao ano anterior, quando sua fortuna era estimada em R$ 83,5 bilhões. Esse crescimento de R$ 72,4 bilhões em apenas um ano é reflexo direto da valorização das ações da Meta, a empresa que ele ajudou a criar.

Leia também: “A maior preocupação das eleições na Bahia é a inteligência artificial”, diz presidente do TRE.

O papel crucial da inteligência artificial no crescimento patrimonial

A trajetória de crescimento de Saverin está diretamente ligada ao desempenho da Meta, que passou por uma reestruturação estratégica focada em inteligência artificial (IA). Após um período de incerteza em 2022, quando a empresa mudou seu nome e direcionou seus esforços para o desenvolvimento de tecnologias de metaverso e realidade aumentada, a Meta conseguiu recuperar a confiança dos investidores ao redirecionar seu foco para a IA.

Em 2024, as ações da Meta dispararam 78,84%, refletindo o aumento na confiança do mercado nas iniciativas da empresa. Essa mudança estratégica foi essencial para o crescimento do patrimônio de Saverin, que ainda detém uma parte significativa de suas ações na empresa.

A empolgação do mercado com a inteligência artificial

A decisão da Meta de apostar fortemente em IA se provou acertada. A tecnologia é vista como um dos principais motores de inovação da atualidade, com o potencial de transformar diversas indústrias. À medida que o mercado começou a entender melhor o impacto que a inteligência artificial poderia ter, a confiança dos investidores aumentou, levando a uma valorização significativa das empresas que lideram essa corrida tecnológica.

O laboratório de inteligência artificial da Meta, conhecido como “Meta AI”, posicionou a empresa como uma das líderes no desenvolvimento de soluções baseadas em IA, o que elevou seu valor de mercado e, consequentemente, o patrimônio de seus acionistas.

O impacto da valorização das ações da Meta

Os resultados financeiros da Meta no segundo trimestre de 2024 foram um reflexo do sucesso de suas iniciativas em IA. A empresa reportou uma receita de US$ 39,1 bilhões, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. O lucro líquido também cresceu significativamente, alcançando US$ 13,47 bilhões, um aumento de 73%.

Essa performance robusta teve um impacto direto na riqueza de Eduardo Saverin. Com a valorização de quase 79% das ações da Meta, o valor de mercado da empresa aumentou substancialmente, elevando o patrimônio de seus principais acionistas. O próprio Mark Zuckerberg, outro cofundador do Facebook, viu sua fortuna crescer de US$ 65 bilhões em 2023 para aproximadamente US$ 180 bilhões em 2024.

A ascensão de outras empresas de tecnologia com a inteligência artificial

A Meta não foi a única empresa de tecnologia a se beneficiar do aumento da demanda por inteligência artificial. A Nvidia, uma das maiores fabricantes de chips e semicondutores, também experimentou um crescimento extraordinário. Suas ações subiram 166,35% no ano, impulsionando o patrimônio de seu CEO, Jensen Huang, de US$ 21 bilhões para mais de US$ 100 bilhões. Isso demonstra como o entusiasmo do mercado com a IA está impactando não apenas uma, mas várias empresas no setor de tecnologia.

Quem é Eduardo Saverin?

Eduardo Saverin nasceu em São Paulo, Brasil, em 1982, mas se mudou para os Estados Unidos ainda jovem. Ele se formou em economia na Universidade de Harvard, onde conheceu Mark Zuckerberg. Juntos, eles fundaram o Facebook em 2004, com Saverin desempenhando um papel crucial no financiamento inicial da empresa.

No entanto, após divergências sobre a direção da empresa, Saverin e Zuckerberg seguiram caminhos separados. A disputa entre eles foi amplamente divulgada e serviu de base para o filme “A Rede Social” (2010), onde o ator Andrew Garfield interpretou Saverin. Apesar dos desafios, Saverin manteve uma participação significativa no Facebook, que se valorizou enormemente após a abertura de capital da empresa em 2012.

O futuro da Meta e da inteligência artificial

O futuro da Meta parece promissor, especialmente com seu compromisso contínuo de investir em inteligência artificial. A empresa já anunciou planos ambiciosos para 2025, com o objetivo de expandir significativamente seus esforços em pesquisa e desenvolvimento na área de IA. William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, destacou que a Meta não só aumentou suas projeções de receita para o próximo trimestre, como também pretende ampliar seus investimentos em IA.

A Meta também lançou o laboratório “Meta AI” com o objetivo de torná-lo o assistente de IA mais utilizado no mundo, competindo diretamente com ferramentas como o ChatGPT. Essa iniciativa reflete a determinação da empresa em liderar o campo da inteligência artificial, e os resultados até agora mostram que essa aposta está valendo a pena.