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Futebol: Como a Inteligência Artificial e o uso de iPhones podem revolucionar o VAR

Postado em: 23/08/2024 | Por: Emerson Alves

A Premier League adotará uma nova tecnologia de VAR, substituindo câmeras por iPhones equipados com Inteligência Artificial para uma detecção mais precisa de impedimentos.

O futebol, uma paixão nacional no Brasil, frequentemente é marcado por polêmicas de arbitragem que geram debates acalorados entre torcedores e especialistas. A introdução do VAR (Video Assistant Referee) em 2018 prometia resolver essas questões, trazendo uma ferramenta supostamente infalível para auxiliar os árbitros. No entanto, após quase seis anos de uso, muitas dessas polêmicas persistem, levando à insatisfação com o sistema atual.

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Por que o VAR ainda gera controvérsias?

Desde sua implementação, o VAR tem sido motivo de discussões intensas. Embora a tecnologia tenha corrigido muitos erros claros de arbitragem, ela também gerou novas controvérsias, principalmente devido à demora nas decisões e à falta de clareza em algumas situações. Com isso, muitos torcedores e clubes têm questionado a eficácia do sistema.

Em resposta a essas críticas, os 20 clubes da Premier League se reuniram em junho deste ano para discutir o futuro do VAR. Apesar de concordarem com a continuidade do uso da tecnologia, ficou evidente a insatisfação com os erros cometidos, o que levou à decisão de trocar a empresa fornecedora do sistema. A partir da próxima temporada, a Premier League, uma das ligas mais ricas e prestigiadas do mundo, implementará um novo sistema que promete ser mais eficiente e preciso.

A parceria entre Genius Sports e Apple

O novo sistema de VAR na Premier League será fornecido pela Genius Sports, empresa que tem uma parceria estabelecida com a Apple. Essa mudança significativa envolve a substituição das câmeras profissionais usadas atualmente por dezenas de iPhones 14 ou 15, distribuídos ao redor dos estádios.

Cada iPhone estará equipado com um software avançado, capaz de capturar milhares de imagens por minuto e monitorar milimetricamente os movimentos dos jogadores. A Inteligência Artificial (IA) incorporada nesse sistema terá a capacidade de rastrear até 29 pontos diferentes no corpo dos atletas, criando renderizações em tempo real que ajudarão na análise precisa das jogadas, especialmente no que diz respeito à detecção de impedimentos.

Como funciona a “Tecnologia de Impedimento Semi-Assistida”

A Genius Sports desenvolveu o que chama de “Tecnologia de Impedimento Semi-Assistida” (SAOT, na sigla em inglês). Este sistema promete detectar impedimentos de forma mais rápida e precisa, graças à análise de dados em tempo real realizada pela IA. Diferente das câmeras tradicionais, que capturam imagens em alta definição, os iPhones oferecem uma abordagem focada em coletar o máximo de dados possível, o que é mais relevante para a IA do que a qualidade visual propriamente dita.

Além da precisão, outra vantagem dessa nova tecnologia é o custo. Embora os iPhones sejam caros, eles ainda são significativamente mais baratos do que as câmeras profissionais usadas anteriormente, o que pode permitir a aplicação dessa tecnologia em um maior número de jogos, tornando-a mais acessível e difundida.

O futuro do VAR com IA

A grande questão que permanece é se esse novo sistema de VAR conseguirá, de fato, resolver os problemas que o sistema anterior não conseguiu. Assim como o VAR original foi saudado como uma solução definitiva em 2018, essa nova tecnologia traz grandes expectativas, mas também dúvidas.

Apesar de todos os avanços prometidos pela Inteligência Artificial e pelos iPhones, é importante lembrar que o futebol é um esporte repleto de emoções e subjetividades. Decisões tomadas por uma máquina, por mais precisas que sejam, ainda podem ser contestadas pelos torcedores, que sempre buscarão defender os interesses de seus times.

Com o tempo, veremos se essa inovação tecnológica na Premier League será capaz de mudar a percepção sobre o VAR ou se apenas adicionará mais uma camada de complexidade às discussões sobre arbitragem no futebol. Até lá, a paixão pelo esporte e a crítica ao juiz continuarão a ser parte integrante da cultura futebolística.